A recente decisão do Federal Reserve de cortar as taxas de juros, amplamente antecipada pelos mercados após discursos prévios dos dirigentes, resultou em uma redução de 25 pontos-base, menor do que o corte de 0,5% realizado em setembro. Apesar das expectativas de que o dólar se fortaleceria com a notícia, a moeda teve uma breve queda antes de se estabilizar.

Os formuladores de políticas do Fed ajustaram suas perspectivas econômicas, especialmente no que diz respeito aos esforços para controlar a inflação enquanto ainda apoiam o mercado de trabalho. “O Comitê considera que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão mais ou menos equilibrados”, afirma o comunicado oficial.

Powell defende uma política monetária flexível, com cortes que podem ser graduais ou mais agressivos, dependendo da necessidade. Além disso, o presidente do Fed indicou que a flexibilização monetária poderia ser acelerada caso as condições do mercado de trabalho se deteriorem. Esse posicionamento foi interpretado pelos participantes do mercado como dovish, o que exerceu mais pressão sobre o dólar americano.

O dólar se enfraqueceu brevemente, mas permaneceu acima de sua mínima intradiária de 104,20, estabilizando-se em torno de 104,50, com uma perda inferior a 0,05%.

Além da reação do câmbio, outros mercados também sentiram os efeitos da reunião do Fed. As ações fecharam em alta, com o índice Nasdaq, voltado para tecnologia, subindo 1,5%. O Nasdaq e o S&P 500 atingiram novos recordes, refletindo o otimismo cauteloso dos investidores quanto à continuidade da política do Fed. Enquanto isso, os rendimentos dos títulos do Tesouro caíram após um breve aumento, sinalizando uma percepção de que as taxas de juros mais baixas continuarão a sustentar o crescimento econômico sem acelerar a inflação.