Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, identificou uma correlação interessante e prevê que a demanda por Bitcoin aumentará com o estímulo econômico da China.

Em seu artigo Let's Go Bitcoin, Hayes observa que a China está lidando com a maior bolha imobiliária da história. Problemas semelhantes já desencadearam grandes crises no Japão (1989), nos EUA (2008) e na União Europeia (2011).

A economia chinesa caiu em uma armadilha de liquidez, ou recessão do balanço patrimonial, que ocorre quando empresas e famílias acumulam dívidas e param de investir ou gastar, mesmo diante de estímulos governamentais. Para evitar a deflação crescente, Hayes acredita que o país precisará de uma “bazuca fiscal”.

De maneira irônica, ele afirma que as autoridades chinesas tomarão medidas drásticas para evitar consequências negativas, descrevendo isso como “quimioterapia monetária”. Esse processo inclui dois componentes principais: a recapitalização do sistema bancário com fundos do governo e a implementação de uma política de flexibilização quantitativa (QE), que envolve a impressão de dinheiro para a compra em larga escala da dívida pública.

Hayes ressalta que a crise no setor imobiliário chinês atingiu níveis sem precedentes, superando qualquer bolha já registrada na história econômica. Ele sugere que o volume de crédito em yuan pode transformar o sistema financeiro global e até rivalizar com a quantidade de dólares impressos nos EUA em 2020-2021.